sábado, 8 de fevereiro de 2014


A Revolução de 32 pelas lembranças do Sr. Antonio Guedes Filho



1932 -Símbolo do tatú, dos combatentes do túnel

O famoso trem blindado dos paulistas na Revolução de 32
Ninguem mais em Jacareí parece simbolizar os ideias constitucionalistas de 1932, do que ele. O Sr. Antonio Guedes Filho, pela quinta vez presidente do MMDC local, é um acervo vivo da revolução. Com a empolgação de quem não se conforma com o esquecimento que aos poucos vai sendo relegado, ele narra episódios vividos e mostra jornais antigos, velhas fotos e diplomas, alem das medalhas adquiridas ao longo de sua vida dedicada ao culto dos que morreram na Revolução. Entre as relíquias documentais ele tem uma lista de convocações feita por determinação do Cel. Euclydes de Figueiredo, ( pai do ex presidente da República João Baptista Figueiredo). E guarda um rancor: "Perguntei, uma vez, a um soldado PM se ele sabia que data comemorava no 9 de julho, e ele não soube responder. O mesmo vem acontecendo com os jovens" frisou com tristeza.

Antonio Guedes tinha cerca de  30 anos quando "estourou" a Revolução Constitucionalista. Ele integrava o Segundo BCPM - Batalhão de Caçapava da Policia Militar de São Paulo e foi convocado para lutar na região de Canas, Cruzeiro e Engenheiro Neiva, na Serra da Mantiqueira. Foi em Cunha que ele conheceu Paulo Virgínio, mártir da revolução de 32, "que seria supliciado e morto pelas tropas da ditadura Getulista, de forma brutal". afirmou.
 "Paulo Virgínio foi um bravo soldado. Ele foi morto nas proximidades da Ponte do Divino Mestre, em Cunha. Levou coronhadas de fuzil e depois 18 tiros, cavando a sua própria sepultura. Além disso as tropas arrebentaram seus miolos a pontapés, porque ele não revelou a posição das tropas paulistas. Hoje existe um monumento em sua homenagem em Cunha."
'Existe um jornal "A Gazeta" de 9 de julho de 1955, em poder do Sr. Odilon A. Siqueira, onde é narrada a epopéia de Paulo Virgínio "um caboclo humilde que morava no bairro do Taboão, em Cunha, e que se alistou como voluntário".
Além da história infeliz de Paulo Virgínio, o "seu Guedinho" como é conhecido, também conta a história de "Maria Soldado", uma mulher negra que lutou e morreu na região do Itararé. Em seus documentos de convocação de voluntários de Jacareí, muitos nomes já estão marcados com uma cruz, significando que a pessoa já morreu. "Faço questão de dizer que não houve rendição. Nós voltamos com as mesmas armas  que levamos e nos embrenhamos nas matas. Voltamos para defender a capital paulista que estava sendo saqueada pelas tropas de Getúlio Vargas. Moralmente não fomos derrotados e nunca seremos, pois os ideais de liberdade continuam vivos." ( depoimento extraído da VP Revista Documento: Revolução de 32: a participação do Vale)

2 comentários:

  1. Conheci o seu Guedinho,ele era avô da Isabel Garkauskas.Pai da dªOrtencia dona da Padaria Paris,

    ResponderExcluir
  2. Olá Ludmila.Sou um de seus leitores do blog.Gostaia de te fazer um pedido:tem como você fazer uma postagem sobre o nosso grande Dr. Pompílio Mercadante?Se vc fazer uma matéria sobre ele ,eu agradeço.

    ResponderExcluir

Este comentário será exibido após aprovação do proprietário.