segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014


O Brasil na II Guerra Mundial


livros utilizados em minha pesquisa
“A Campanha da FEB na Itália pode ser sumariada em cinco períodos. O primeiro vai de meados de setembro de 1944 a princípios de novembro. Passa-se no Vale do Serchio. Não era a FEB inteira. Era o Destacamento FEB do Gal. Zenóbio da Costa, em operações de marcha para combate, na tomada de contato com a parte da Linha Gótica, a oeste da península.”
“Do princípio de novembro aos meados de fevereiro, sofre-se a base defensiva. Nesse período, a FEB foi levada para a margem do pequeno Rio Reno, ao norte e a oeste de Porreta Terme. Aí a FEB passou a atuar como uma Divisão inteira, sob o comando já do Gal. Mascarenhas. É o tempo dos ataques malogrados ao sinistro Monte Castelo. Fase do heroísmo das patrulhas, fase áspera e difícil, que antecede e prepara dias melhores. Aí a FEB realmente faz a sua preparação, no sangue e na vigília, na lama, na neve, no sacrifício, também no medo, e uma só vez, por que não dizer? - até mesmo no pânico.
Vai o terceiro período dos meados de fevereiro aos princípios de março. Vai se fazer a Ofensiva do IV Corpo, preliminar da grande Ofensiva da Primavera. É o plano Encore. Trata-se de conquistar melhores posições, de onde lançar a Ofensiva que vem depois. Ataques a posições fortificadas, as inesquecíveis vitórias de Monte Castelo e Castelnuevo de Vergato.
 É breve e pouco marcante o quarto período, de princípios de março a meados de abril, período de reajustamento. Espera pela hora decisiva. Patrulhas durante a noite, patrulhas à luz do dia. O pracinha brasileiro é já, aqui, um combatente realizado, ungido pela vitória, no seu valor confiante.
De meados de abril a 2 de maio, ao fim da guerra, o quinto período. Ofensiva em toda a frente da Itália. Ofensiva da primavera. Golpe final. Três compassos sucessivos. O difícil ataque de Montese, a marrada contra a sólida defesa alemã. A exploração do êxito rumo de Vignola, com a escaramuça do combate de Zocca. E, finalmente, a arremetida em meio à desorganização inimiga do fim da guerra: a retirada, o cerco, Colecchio, Fornovo di Taro, a rendição de duas divisões inimigas, a corrida para o Vale do Pó, para os Alpes franceses, a junção de tropas brasileiras e gaulesas, em Susa, a oeste de Turim.” (Costa, O.P 1976, págs. 39/40/41)

Em 8 de maio de 1945, o Gal Gustav Jodi, chefe do estado Maior alemão, assinava, em Reims, França, o documento de rendição incondicional. Era o fim da II Guerra Mundial.
A 29 de outubro de 1945, caía o Governo de Vargas, encerrando-se a ditadura do Estado Novo.

A seguir os depoimentos dos pracinhas jacareienses. Não percam!

3 comentários:

  1. Luiz Afonso Brandileone: Estou louco pra ver seu acervo de fotos, pois tive um colega numa empresa onde trabalhei, foi um pracinha de nome Freitas, que nos meus vinte e poucos anos me deixou decepcionado com as histórias que ele contava sobre a segunda guerra. Sempre duvidei se eram verdadeiras ou não as histórias dele. (Via Facebook)

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  2. Ocilio Jose Azevedo Ferraz: Ludmila , fundamental esta mostragem , maravilhosa contribuição .....anos atrás , na Itália fiz questão de ir até Pistóia - cemitério onde foram sepultados centenas de jovens brasileiros ...emoção enorme lá tive , hoje ainda me motiva , com respeito constante à Caçapava - de onde partiram os primeiros pracinhas brasileiros para aquela SAGA inesquecível . Bençãos e repito , parabéns do Ocilio (Via Facebook)

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  3. Thomas Woods: Os brasileiros tiveram de começar do zero...A referência de treinamento que possuíam era a da Missão Militar Francesa de 1926, que, chefiada pelo General Maurice Gamelin, igualmente teve de começar do zero, pois as referências mais anteriores vinham das ordenações militares pombalinas, que eram terrivelmente defasadas. Em matéria de armamento, o Brasil estava mais ou menos equipado; meu estado, o MA, tinha a força publica - nome anterior das polícias militares - mais bem treinada do N/NE, pois já contava com fuzis Mauser 98 alemães - a última palavra na época em fuzil regulamentar, antes do surgimento do Garand M-1 - e possuía equipamento Krupp, padrão 7,7 cm (os alemães mediam seus calibres em centímetros, os ingleses pelo peso das balas e os americanos por polegadas). Não havia uniformidade de calibres, variando entre os ogivais modernos aos de pólvora negra. O EB antes da padronização tinha equipamento tão variado que os americanos se surpreenderam como um exercito assim poderia ser tão coeso. O uniforme seguia o padrão francês -O capacete regulamentar era o modelo Adrien - até um certo tempo ainda usado por nossos bombeiros - e os uniformes eram completamente inadequados às condições de combate da península italiana. Na escolha de comando, Vargas escolheu o mais politicamente inócuo dos oficiais superiores , contrariando as ordens de Gois Monteiro. (Via Facebook)

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