quinta-feira, 27 de junho de 2013


Memoria Oral


Essa gente tão bonita! Foto do casamento de José Maria de Abreu, do acervo gentilmente cedido por  Lizete Mercadante Machado

Há muitos dados históricos, folclóricos, pitorescos e até particulares que não estão gravados em livros. Por sorte, possuímos uma constelação de pessoas, que  nasceram ou enraizaram neste lugar  e que muito podem nos contar sobre fatos que testemunharam  ou ouviram seus pais e avós relatarem.
“Mora no cemitério e não é defunto, 
Anda na estrada de ferro e não é trem,
Faz buracos e não é tatu,
Tem cabelos compridos e não é Carlos Gomes”.
“Essa era uma quadrinha, que passava de boca em boca, para identificar quem era Firmino Martins, zelador do cemitério: Figura simpática  e pitoresca, unhas assim, deste  tamanho! E estão ai rapazes que o conheceram, que sabem que não estou mentindo.  Bom músico também!” (Odilon de  Siqueira).
E são tantas as informações, lembranças de infância, dos amigos, professores; fatos engraçados, trágicos, recordações da adolescência, da juventude, das artes, das lendas, das festas, da política... E vamos nós, reunidos em casa do Sr. Jarbas Porto de Mattos, viajando com ele e seus amigos no relógio do tempo!
Todas as histórias, ou quase todas, foram vivenciadas, por isso vêm repletas de informações, emoções, saudades. Saudades enormes dos tempos bons e dos “bons tempos”.
“Jacareí, quando eu nasci, era assim. Calma, quieta, onde todos formavam uma só família, e onde, quando saíamos em grupo, brincávamos de enumerar um por um, os moradores daquela rua, daquelas casas queridas. O meu pai tinha uma farmácia, e neste terreno de sua casa, lá no fundo do quintal, está enterrado meu umbigo”.(Jarbas Porto de Mattos)
“Vocês se lembram do enterro do Cel. Carlos Porto? Parou a cidade. Vestiu-se  luto. Enterro bonito. Banda tocando a marcha fúnebre e o professor Nogueira da Gama cantando na missa de corpo presente. E hoje, não se sabe quem é esse Cel. Carlos Porto, só que é o nome de uma escola e de uma avenida!” (Décio Moreira)
“A política aqui era muito brava. As eleições não eram secretas. O voto era descoberto. Era a época conhecida como coronelismo. Havia o chefe político e a ele se subordinavam os eleitores.” (Jarbas Porto de Mattos)

5 comentários:

  1. Parabéns Lud pelo trabalho, pelo Blog. Tenho certeza que como eu mais pessoas estão na maior expectativa de conhecer este teu mais novo trabalho "Tempo e Memória"
    Beijos e muito sucesso!!!

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  2. Obrigada, minha amiga tão querida, por você estar sempre comigo, me apoiando, incentivando, lendo! Também não vejo a hora de ver a sua Cora "Coralinda" nos palcos! E vamos juntas batalhando pela cultura em nossa cidade!

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  3. Esse site fica cada vez mais gostoso!

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  4. Lu minha amada, tudo que se faz com o coração sempre dá certo. Seu blog já é um SUCESSO! parabens pra talentosa Malu e pro Paulo.

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  5. Obrigada, Meiroca! Eu também adorei esse novo espaço para contar historias e também receber os amigos. Beijão, minha linda! Conto com você para divulgar ainda mais esse trabalho! :)

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