sábado, 6 de julho de 2013


Revolução de 32 - Início

Após a Revolução de 1930, golpe de Estado que levou Getúlio Vargas ao poder, aumentou muito a insatisfação no estado de São Paulo. Vargas concentrou poder e nomeou interventores nos estados.
Os paulistas esperavam a convocação de eleições, mas dois anos se passaram e o governo provisório se mantinha. Os fazendeiros paulistas, que tinham perdido o poder após a revolução de 1930, eram os mais insatisfeitos e encabeçaram uma forte oposição ao governo Vargas. Houve também grande participação de estudantes universitários, comerciários e profissionais liberais.
Os paulistas exigiam do governo provisório a elaboração de uma nova Constituição e a convocação de eleições para presidentes. Exigiam também, de imediato, a saída do interventor pernambucano João Alberto e a nomeação de um interventor paulista.
Como Vargas não atendeu as reivindicações dos paulistas, em maio de 1932 começaram uma série de manifestações de rua contrárias ao seu governo. Numa destas manifestações, no dia 23 de maio, houve forte reação policial, ocasionando a morte de quatro estudantes (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo).. Essas mortes foram o estopim que deu início à Revolução Constitucionalista no dia 9 de julho de 1932. O movimento então, emprestando as letras dos nomes dos rapazes mortos, passou a chamar-se MMDC. Com a ajuda dos meios de comunicação em massa, o movimento ganhou apoio popular e mobilizou 35 mil homens, pelo lado dos paulistas, contra 100 mil soldados do governo Vargas. A Revolução teve apoio de amplos setores da sociedade paulista. Pegaram em armas intelectuais, industriais, estudantes, outros segmentos das camadas médias e políticos ligados à República Velha ou ao Partido Democrático. No dia 9 de julho de 1932, o conflito armado organizou seus primeiros passos sob a liderança dos generais: Euclides de Figueiredo, Isidoro Dias Lopes e Bertoldo Klinger. O plano dos revolucionários era empreender um rápido ataque à sede do governo federal, no Rio de Janeiro, forçando Getúlio a deixar o cargo. No entanto, a ampla participação popular e militar não foi suficiente para fazer frente ao governo central. Na retaguarda, o povo se uniu para ajudar em tudo que era necessário: surgiram voluntários civis aviadores, para pilotar aviões, outros para lutar como soldados ou como padioleiros, que recolhiam feridos levando-os da frente de batalha para a retaguarda, mulheres costuravam uniformes, faziam pães e preparavam os alimentos para serem enviados aos combatentes.

Mobilização em S.Paulo pela Revolução



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