sábado, 6 de julho de 2013


Revolução de 32: Jacareí

Damas voluntárias confeccionando os uniformes para os soldados constitucionalistas em Jacareí

A notícia da Revolução Constitucionalista, iniciada em São Paulo, espalha-se  rapidamente por todo o país. Jacareí também se prepara. Francisco Antunes da Costa, prefeito municipal, tão logo recebe a confirmação da notícia, reúne-se com o comandante da Força Pública para tomar as primeiras providências:  alistamento de voluntários para as Forças Constitucionalistas e instalação de postos sanitários e de abastecimento para o exército paulista.
Presidem o movimento o Dr. Paulo de Oliveira Costa (Juiz de Direito), Francisco Antunes da Costa (Prefeito Municipal), Dr. Armando Azevedo (Promotor Público), Dr. Luís Tavares da Cunha (Delegado de Polícia), Antonio Martins de Oliveira e Pedro Ribeiro Moreira. No primeiro mês alistam-se 174
 (cento e setenta e quatro) voluntários, dos quais 104 são enviados, imediatamente, para a frente de batalha. A população também se mobiliza: os alfaiates, liderados por Romeu de Barros passam a reunir-se nos grupos escolares para a confecção de fardas. Criam-se as Ligas Pró Soldados que recebem da população e enviam para as frentes de batalha os donativos recebidos: alimentos, agasalhos, medicamentos, munição e armas.
Apesar de todos os esforços, São Paulo começa a perder terreno. Em 18 de setembro, a “Folha do Povo” destaca a triste manchete: “A agonia”-  São Paulo agora não lutava mais pela vitória mas sim para evitar uma invasão de seu território. E, São Paulo perde a luta! Dia 2 de  outubro d 32, às 16 hs o General Góes Monteiro fala , pelo rádio à Nação: “Pode São Paulo estar certo de que o governo não o tratará em desigualdade e inferioridade em relação aos outros Estados.” 
Inicia-se a retirada das tropas. 
Jacareí  precisa providenciar toda a infraestrutura para receber soldados e os refugiados, oferecendo roupas, alojamento, remédios e alimentos. o Sr. Odilon Siqueira e Sr. Ubirajara Mercadante Loureiro, farmacêuticos, são convocados pela Delegacia Técnica para prestar assistência aos feridos. Uma cozinha coletiva é montada no Educandário, e até o prédio da Família Mendonça (hoje Mansão do Vale) é requisitado pelo Exército. (trecho do livro: Jacareí:Tempo e Memória de Ludmila Saharovsky)


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