terça-feira, 9 de julho de 2013


Revolução de 32: Memórias de dona Bolívia Zonzini Carderelli

Passeata em São Paulo: 1932
Meu pai morreu em 32, ano da Revolução. A gente sentia muito medo dos nortistas que tomaram conta da cidade. As mulheres se trancavam em casa.
Eles andavam em bandos. O Virgílio ia fazer guarda no túnel da Estrada de Ferro de Guararema. Nós fazíamos roupas, uniformes para doar aos soldados.
Os dois automóveis de papai foram requisitados. Na época, ele disse: “os carros, tudo bem, mas meus filhos vocês não vão levar nenhum"! (trecho do depoimento de dona Bolívia Zonzini Carderelli)


“ Os interventores dos estados nortistas eram, então, nomeados por Vargas, sob forte influência do tenente Juarez Távora,  principal líder civil e militar da região durante a tomada de poder por parte dos revolucionários de 1930 e durante os primeiros anos do Governo Provisório. Essas novas lideranças, tão logo souberam que a grave crise política entre São Paulo e o Governo Provisório tomara o caminho das armas, passaram a se mobilizar, mostrando ao presidente que ele não estava só, e que esperavam recolocar o “Norte” no mapa político do país. Afinal, a Primeira República significara um período de distanciamento da região do centro político do poder”. (Lopes,R.H. 2009)

Um comentário:

  1. Meu pai contava com nove anos de idade na época da revolução de 32. Ouvíamos algumas histórias narradas por ele, sempre com muita atenção.
    Não há como não ter orgulho dos soldados constitucionalistas que impuseram as "treze lanças de guerra cercando o chão dos paulistas".

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