sexta-feira, 27 de setembro de 2013


Aqui, "em se plantando, tudo dá!"

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Tão logo a Nova Terra foi encontrada, Pero Vaz de Caminha escreveu, ao rei D. Manuel, uma carta, da qual retiro um trecho:
 “Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados (...). Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem”.
Esse fragmento foi erroneamente interpretado e repetido como:
“nessa terra, em se plantando, tudo dá.”

Logo, porém, os portugueses puderam verificar que a história não era bem assim: as plantas trazidas de Portugal não se ambientaram ao clima tropical. As parreiras nasciam esquisitas, com uvas esparsas e não davam bom vinho. O trigo não vingava, suas plantas davam flores, mas murchavam sem grãos. O arroz nascia, mas pouco e miúdo. Assim, os primeiros colonos tiveram que adaptar-se à alimentação dos índios, sobretudo das nações Tupi e Guarani, que tinham maior contato com o homem europeu.
A pesca e a coleta de frutos e raízes eram a base da alimentação dos povos indígenas.  Caçavam capivaras e porcos do mato. Pescavam diversos tipos de peixe e assavam as carnes em espetos ou folhas de bananeira. O milho era cultivado por algumas tribos e dele se fazia a pamonha, mas a mandioca foi um dos alimentos mais importantes da dieta indígena e portuguesa no Brasil.
Os índios arrancavam as raízes da mandioca, descascavam-na e depois a preparavam com carnes e legumes. Faziam farinha e bebidas alcoólicas, essas últimas adquiridas pela fermentação dos líquidos extraídos dos vegetais.

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