domingo, 1 de setembro de 2013


Jacarehy 1695: Os primeiros escravos


Casa de negros
Em 1695, como já vimos, havia trabalho escravo em Jacareí, conforme dados que constam nos Inventários e Testamentos lavrados à época. Num deles, o mais antigo, datado de 28 de fevereiro de 1695, cuja cópia foi publicada no Annuario Historico Literário de Jacarehy, o Sr. Francisco Coutinho mandou registrar que:
“Declaro que temos hua vegra velha acoal tem dous filhos que sam Antônio e Tomé os coais sam obedientes, ternos e obrigados com a may.”
O testamenteiro escolhido por Francisco Coutinho foi seu compadre Joam da Cunha de Amaral que, por sua vez, ao falecer, conforme consta de seu inventário, de 16 de outubro de1698, possuía 12 escravos assim descritos no “Termo de Avaliassam das Pessoas”:
“E logo endito dia mez e anno atras escrito e declarado pello dito juiz foy mandado pellos avaliadores alvitrar as pesas do serviço do dito defunto que avia entre o cazal onde forão alvitradas as pesas e almas seguinte que nas adisões abaixo se verão de que fiz este termo eu Antonio Roiz de Oliveira
escrivam dos órfos o escrevi.
Ass:Ignácio Madureira
Foy avaliado um rapagam por nome Quintilano en trinta mil réis.
Uã negra por nome Justina en vinte mil reis.
Um rapaz cabra en dés mil reis.
Uã negra por nome Munifassia em trinta mil reis
Uã criansa de peito da mesma negra en dés tostões.
Uã filha mais da mesma negra por nome Vitoria en seis mil reis.
Uã negra por nome Polonia velha em dez mil reis
Uã negra por nome Benta en vinte e sinco mil reis.
Uã negra de nome Florinda en vinte e sinco mil reis.
Uã negra de nome Francisca en dés mil reis.
Uã raparigota cabra en cem patacas
Um negro por nome Francisco en vinte mil reis.
(Costa Braga, T.A. 1.906 pag 29/30)
As pessoas acima foram os mais antigos escravos de que se tem
conhecimento, documentado, em Jacareí.

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