sábado, 30 de novembro de 2013


Memórias do Sr. Lubiz Natan

Fabrica de macarrão
“Eu nasci em Jacareí no dia 7 de abril de 1901.Morava na Rua do Carmo. Meu pai era engenheiro mecânico e eletricista. Foi ele quem instalou o primeiro cinema de Jacareí, o Ideal, lá na Rua Lúcio Malta, em 1908 ou 1909. O cinema era do José Bonifácio de Mattos.A projeção era assim: a máquina ficava atrás e o pano ficava entre a plateia e a máquina. Antes de começar a projeção, devia-se molhar o pano que esquentava muito. A sonoplastia era feita por quem projetava o filme.Meu pai veio para instalar e trabalhar na Usina Elétrica. Antes da Usina Elétrica, a luz era gerada por uma que era de vapor à lenha, conhecida como termoelétrica. Essa Usina foi comprada pelo José Bonifácio de Mattos que, em 1912, montou uma usina hidroelétrica lá na Cachoeira do Putim, em Guararema. A iluminação ligava às 6, 7 horas da noite e apagava as 10. A usina movida à lenha era lá na Rua Lúcio Malta, onde depois se instalou a Fábrica de Macarrão da família Scavone.

terça-feira, 26 de novembro de 2013


1850 – Muda o leito do rio Paraíba


João da Costa Gomes Leitão
O Rio Paraíba mudou de leito!
Ele passava, numa acentuada curva, nos fundos da Santa Casa de Misericórdia, banhando antes o leito da Estrada de Ferro Central do Brasil no Cassununga e completando-se além da Rua 15 de Novembro, passando pelos fundos da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.
A maior parte dos habitantes de Jacareí, que entrevistei, relatou que ouviram de seus pais a história de que o Coronel Leitão desviara o curso do Rio Paraíba, valendo-se do trabalho de seus escravos, no período de uma noite. Por que o fizera? Cada qual chegou às suas próprias conclusões, conforme poderá ser confirmado nos depoimentos publicados. Essa história, de tão repetida, virou uma lenda que todos conhecem. O real motivo, porém, diverge desse entendimento popular.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013


Convite Lançamento


Queridos amigos!
Finalmente está se aproximando o dia de mostrar o meu trabalho para vocês!
O livro não será vendido, pois foi patrocinado pela LIC de Jacareí, assim, que não vier apanhar o seu exemplar no dia 11 de dezembro, ficará sem. Após o lançamento os livros seguirão para as escolas de Jacareí e Bibliotecas Públicas de Jacareí e de cidades do Vale do Paraíba.
Conto com vocês!
Grande abraço e até lá!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013


João Américo da Silva


"João Américo da Silva, nasceu em Jacareí, na Rua 7 de Abril, hoje Vicente Scherma. Era filho de José Benedito, conhecido como José Benedito Carroceiro. Depois sua família mudou-se da Rua 7 de Abril para a Rua da Liberdade, 208, casa onde existia uma biquinha de água muito boa. Em razão dela, a Rua da Liberdade foi conhecida por muito tempo como Rua da Biquinha."
(Jobanito no livro Pelas Ruas da Cidade)
"João Américo foi voluntário na prestação do serviço militar, apresentando-se no 6º.R.I. de Caçapava, em 1935, aos 18 anos, onde recebeu seu certificado de primeira categoria ao terminar um ano e meio de serviço. Regressando a Jacareí trabalhou como servidor municipal no Matadouro. Com a formação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) João Américo foi convocado junto com milhares de outros brasileiros e designado para o mesmo 6º.R.I. de Caçapava, onde havia servido. Seu regimento seguiu para o Rio de Janeiro, mas João Américo nele não se encontrava, pois estava visitando seus pais em Jacareí. No dia seguinte, apresentou-se em Caçapava e foi enviado para o Rio de Janeiro. Designado para o 1º.R.I. (Regimento Sampaio) seguiu com o 2º. Escalão em outubro de 1944 para a Itália. Ele faleceu em combate, em 29 de novembro de 1944, na tomada de Monte Castelo. Com o recuo das tropas foi considerado desaparecido, uma vez que só em 21 de fevereiro de 1945 a 10ª. Divisão de Montanha, uma unidade de elite do exército americano conseguiu capturar Monte Castelo, encontrando o corpo do soldado João Américo conservado nas neves dos Apeninos".
(Benedicto Sergio Lencione em O negro na História de Jacareí)
Em 1946, o prefeito Antonio Alves de Carvalho Rosa deu seu nome à antiga Rua da Liberdade, que passou a chamar-se Rua João Américo da Silva, mandando também afixar uma pequena placa de bronze na fachada de sua casa, com os dizeres: Desta casa partiu João Américo da Silva para ser herói em Monte Castelo.
Na mesma ocasião foi colocado na Praça Conde Frontim um belo monumento em homenagem ao expedicionário de Jacareí, esculpido em bronze pelo artista plástico Luiz Morroni. A estátua foi doada pelo embaixador José Carlos Macedo Soares, na época interventor em São Paulo.

Monumento ao Expedicionário, foto de Marta Pinto, internet 


quinta-feira, 14 de novembro de 2013


Corneteiro Jesus


Herói negro de Jacareí
O Vale do Paraiba possuía um desusado interesse na breve solução da Guerra do Paraguai, pois a sua continuidade traria a desorganização total na economia cafeeira, no âmbito internacional, além de ser um grande sorvedouro da mão de obra escrava, recrutada nas lavouras. Os senhores de escravos, ricos cafeicultores, não mediram esforços em fornecer braço escravo para empunhar o fuzil. Recursos econômicos não faltaram. O café era moeda forte para comprar armas no estrangeiro [...] No furor da insana Guerra do Paraguai morreram mais de 90.000 negros, jogados à frente da batalha para amaciar a contenda
(Benedicto Sergio Lencioni em O negro na história de Jacareí.)

Júlio José Chiavenato, em “O Negro no Brasil” com muita propriedade, afirma:
Há tanto heroísmo negro na Guerra do Paraguai que os fatos passam a lenda” e mais adiante acrescenta: “das lendas destaca-se o estoicismo do negro Jesus, que executou o toque de avançar com sua corneta apenas presa aos lábios, pois seus braços foram decepados - naturalmente é um exagero, mas que só é possível pela fama heroica dos negros transformando-se em mito” (Idem)

E Lencioni pergunta: O negro Jesus, o famoso Corneteiro Jesus, de Jacareí, é um fato ou uma lenda? Teria mesmo existido o negro herói Jesus, que teria participado do 42º Corpo de Voluntários da Pátria, na Batalha de Tuiuti?

Fato ou lenda, não se nega a bravura do povo negro, que, de forma sempre anônima, engrandeceu a historia de nossa cidade e de nosso País.
Termino, com trecho do poema épico de José Bonifácio, o Moço, na ode “O Corneteiro da Morte” que retrata a bravura de nosso herói.
Quando o toque da corneta é sacudido pelo arrancar dos braços de Jesus, o poeta escreve:
“Pouco importa! Avante; avante!...
Crioulo d’alma viril,
Pigmeu, faze-te gigante,
Tu é filho do Brasil!
Oh! Toca, toca a investida!
Sobre a hoste embravecida,
Jesus, um passo, inda um passo!
Há gritos, pragas e ais!
Sobe o horror cada vez mais...
E lá vai o outro braço!...
E termina:
“Tua glória vaga no ar
É quase um sagrado mito;
O mármore pode quebrar,
Não dura sempre o granito,
Na solidão esquecido,
Pobre, sem túmulo, perdido,
Sem pedra, sinal da cruz,
Tu simbolizas o povo,
Tu és quase um Cristo novo
Tens o seu nome - Jesus!”

Fato ou lenda, honra e Glória ao Corneteiro Jesus!

Não deixem de ler a linda crônica de Lizete Mercadante: Corneteiro Jesus, publicada na revista virtual O Caixotehttp://www.ocaixote.com.br/caixote01/corneteiro.htm

quarta-feira, 13 de novembro de 2013


1932 - Legião Negra

Foto gentilmente cedida pela historiadora Maria Antonieta Pereira de Almeida Figueiredo Mello, juntamente com outras fotos da Revolução de 32, que publico no livro, e que pertecem ao álbum de sua família 

Vocês sabiam que em 1932, houve um batalhão formado somente por negros?
Descobri o fato durante as minhas pesquisas sobre a revolução constitucionalista

"Os homens de cor e a causa sagrada do Brasil
Os patriotas pretos estão se arregimentando - Já seguiram vários batalhões - O entusiasmo na Chácara Carvalho - Exercícios dia e noite - As mulheres de cor dedicam-se à grande causa. Também
os negros de todos os Estados, que vivem em São Paulo, quando o clarim vibrou chamando para a defesa da causa sagrada os brasileiros dignos, formaram logo na linha de frente das tropas constitucionalistas. A epopéia gloriosa de Henrique Dias vai ser revivida na luta contra a ditadura. Patriotas, fortes e confiantes
na grandeza do ideal por que se batem São Paulo e Mato Grosso, os negros, sob a direção do Dr. Joaquim Guaraná Sant´Anna, tenente Arlindo, do Corpo de Bombeiro, tenente Ivo e outros, uniram-se, formando batalhões que, adestrados no manejo das armas e na disciplina vão levar, nas trincheiras extremas, desprendidos e leais, a sua bravura, conscientes de que se batem pela grandeza do Brasil que seus irmãos de raça, Rebouças, Patrocínio, Gama e outros muitos tanto dignificaram. Os nossos irmãos de cor, cujos ancestrais ajudaram a formar este Brasil grandioso, entrelaçando os pavilhões auri-verde e Paulista, garbosos, ao som dos hinos e marchas militares, seguem cheios de fé, ao nosso lado, ao lado de todos os brasileiros que levantaram alto a bandeira do ideal da constitucionalização, para a cruzada cívica, sagrada, da união de todos os Estados sob o lábaro sacrossanto da pátria estremecida."
(Jornal A Gazeta, 23 de Julho de 1932)

Se quiserem saber mais sobre o assunto, acessem o Texto
 Os Pérolas Negras : A participação do negro na Revolução constitucionalista de 1932, de
Petrônio José Domingues através do link:

http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia_n29_30_p199.pdf

Legião Negra: Soldados e enfermeiras
"Como em muitos episódios marcantes que fizeram a história do Brasil, os negros ficaram esquecidos, pois quase nada se falou da Legião Negra depois da Revolução de 1932 e de praticamente 1/3 dos soldados constitucionalistas negros que, há poucas décadas, haviam saído da escravidão. Do conflito, ficaram várias lições: quando pensamos que perdemos a guerra, estamos perdendo apenas uma batalha, porque todo o movimento foi fundamental para a redemocratização do Brasil. A outra lição é que não existe história, luta por liberdade e justiça neste país que não tenha a participação efetiva dos negros brasileiros." (André Rezende)

um excelente endereço para quem gosta do assunto é o blog do Ricardo 32. ACESSEM! Vão gostar muito!

www.tudoporsaopaulo.com.br    ou  www.tudoporsaopaulo1932.com.br




terça-feira, 12 de novembro de 2013


José Perfeito ou Mestre Zezinho


Mestre Zezinho
Fui procurar Seu Zezinho, por indicação de meu amigo Odilon de Siqueira, que o mencionara algumas vezes durante nossos encontros: “Ludmila, você precisa entrevistar este moço, um dos últimos descendentes de escravos que mora em Jacareí. Vou procurar saber onde encontra-lo e marcamos uma entrevista.”
E lá fomos nós, gravador em punho, conversar com o Seu Zezinho.
Infelizmente, a fita desta entrevista foi uma que se perdeu, e a transcrição, eu havia postergado, porque Seu Zezinho falava muito, recitava no meio da entrevista (contou uma longa história chamada Boi Pintado, que ocupou um lado inteiro da fita) iniciava novo assunto antes de terminar o primeiro, enfim, seria uma transcrição que levaria um bom tempo. Então, eu entreguei a fita para que uma pessoa me auxiliasse neste mister e nunca mais consegui reavê-la...

domingo, 10 de novembro de 2013


O livro de Azevedo Sampaio

Rugendas: Porão de Navio Negreiro
Jacareí foi uma das cidades do Vale com maior número de escravos da região, mas foi também palco de um movimento abolicionista muito bem organizado, conforme podemos verificar na obra de Azevedo Sampaio (1980).  Azevedo Sampaio, farmacêutico, nasceu em 13 de agosto de 1839, em Portugal, e chegou ao Brasil em 1854, instalando-se no Rio de Janeiro. Em 1868, transferiu-se para Jacareí. Homem culto e inconformado com a situação do negro em nossa cidade, logo abraçou a causa abolicionista, tornando-se seu líder. Agregando simpatizantes à causa, formou o Clube dos Abolicionistas, sendo muito perseguido pelos escravocratas da região.

Jacareí e a abolição da escravatura

Possivelmente a única fotografia de um navio negreiro, feita por Marc Ferrez, em 1882. O navio que transportava as vítimas da escravidão era francês e a foto foi produzida de forma clandestina.
“Jacareí, disse Azevedo Sampaio, “tinha na História do escravagismo o seu nome gravado em caracteres indeléveis desde tempos remotos.” Sua posição geográfica privilegiada também favorecia a interligação da Capital do Império e da Província de São Paulo. O intercâmbio do comércio escravagista era, pois, intenso e aqui surgiram grandes fazendeiros e escravocratas. Os primeiros amealharam fortuna com suas lavouras de café, apoiando-se no braço escravo. Os segundos, apoiando-se no café, formaram um império com o comércio do braço escravo. Entre estes, destacou-se João da Costa Gomes Leitão, negociante, cafeicultor, capitalista, que construiu uma fortuna invejável capaz de financiar os voluntários da Guerra do Paraguai, de Jacareí e do Vale, um dos acionistas da Estrada de Ferro São Paulo- Rio e que emprestava dinheiro a inúmeros fazendeiros de Jacareí, mediante a hipoteca de terras e escravos.” (Lencioni, B.S. )

quinta-feira, 7 de novembro de 2013


Viagens de Tropeiros entre Serras



Antiga foto com tropeiros saindo em viagens com as mulas carregadas
“Em 1733, o coronel português, Cristóvão Pereira de Abreu partiu por conta própria, depois de em vão pedir apoio aos governos de São Paulo e Curitiba, traçou e percorreu com sua tropa aproximadamente 1.500 km, o caminho que veio a ser conhecido como Caminho do Viamão, que saía dos Campos de Viamão (RS) e ligava Curitiba a Sorocaba.
 "Estrada Real", “Estrada das Tropas", "Estrada do Sul", "Estrada do Viamão-Sorocaba", "Estrada do Sertão" e "Estrada da Mata", também foram denominações dadas à estrada do Viamão.
 Neste trajeto, a tropa construiu mais de 200 pontes, levou mais de 2000 animais e fez de Sorocaba mais do que uma parada obrigatória para descanso de homens e animais; transformou Sorocaba no principal centro mercador de tropas do estado de São Paulo... Durante anos, o País dependeu economicamente do caminho do Viamão. Os animais trouxeram a prosperidade e a riqueza, principalmente para os gaúchos que se dedicavam à sua criação. Enriqueceram também os grandes homens das tropas, que por vezes iniciavam com dois ou três animais e ao longo do tempo acabavam por montar sua própria tropa com mais de 250 mulas, tornando-se ilustres e abastados donos de terras. Todos se beneficiavam com a passagem das tropas cargueiras. Os ranchos surgiam e ao seu redor o comércio se formava, dando origem a vilas e povoados. Era preciso receber e alimentar tanto os animais quanto os tropeiros... Todos eram beneficiados com a passagem das tropas. Homens enriqueceram e modestos pousos tornaram-se animadas vilas e povoados."

Os Tropeiros e o povoamento do Brasil



 “A partir da chegada dos espanhóis na Cordilheira dos Andes e a identificação do
 monumental volume de minerais preciosos, ocorre o início de um fenômeno socio  econômico com repercussão em toda América Latina - o Tropeirismo 
Era o século XVII e o envolvimento atinge também o Brasil.” (Ocílio José de Azevedo Ferraz)

Os espanhóis, para transportar o imenso volume de minerais preciosos através do grande e acidentado trecho da Cordilheira dos Andes, traziam nos porões de seus navios burros e mulas para a execução desse trabalho, pois eram animais dóceis e extremamente resistentes.  A produção dos jumentos e éguas (muares) era mantida na Europa. Com o crescimento do volume de negócios, os espanhóis resolveram implantar um criatório de muares na América Latina, mais exatamente na região dos pampas, onde nasceu a cultura missioneira (hoje território da Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil). Nessa vasta planície, a parceria entre jesuítas e índios Guarani frutificou e a criação de burros e mulas, animais estéreis resultantes do cruzamento de jumentos com éguas, obteve êxito.
Da região missioneira, os animais seguiam para a cidade de Salto, na Argentina, aos pés da Cordilheira Andina, guiados pelos “tropeiros” que os negociavam nas feiras.
Perto de 1693, foram descobertas as primeiras minas de ouro em Minas Gerais, provocando uma verdadeira corrida a essa região. O ciclo do ouro iniciou o movimento tropeirista no Brasil, atividade que determinou o povoamento de nosso País em todos os seus quadrantes.  Diz Ocílio Ferraz: ”O tropeirismo uniu territórios; conduziu o gado; escoou a produção econômica. Criou a identidade brasileira - fruto da miscigenação de raças, culturas, crenças e tradições - entre indígenas, africanos e europeus.”  

segunda-feira, 4 de novembro de 2013


Jacareí e seus cemitérios

Gravura de Debret dominio público
Os ritos de passagem, dentre os quais o sepultamento dos mortos, foi questão de ordem religiosa, antes de se tornar um problema social. Os povos greco romanos enterravam seus mortos fora das cidades. O culto aos mártires, introduzido pelo cristianismo, fomentou a ideia de que a colocação dos mortos em lugares santos, "traria vida eterna e ressurreição para a alma e segurança para o corpo"  (Ana Luiza do Patrocínio, citando Luiz de Camargo)*
Isso explica o costume de se enterrar os mortos dentro de igrejas e ao seu derredor,  praticado no Brasil Colônia.
Com base no Relatório Provincial de 1852, que traz os dados sobre Irmandades e Cemitérios presentes nas diversas Matrizes da Província, ficamos sabendo, dentre outras cidades, que “Bananal possuía na época 4 Irmandades e 15 cemitérios, Pindamonhangaba tinha 3 irmandades e 6 cemitérios, Taubaté 7 Irmandades e 6 cemitérios, São José dos Campos 2 Irmandades e 1 cemitério e Jacareí 4 Irmandades e 2 cemitérios.” ( Ana Luiza do Patrocínio)
Em ofício de 16 de março de 1852, temos a informação de que a renda da Matriz era de $640 por pessoa enterrada, existindo enterramentos nos cemitérios do Bom Sucesso, do Rosário, e nas igrejas, sem especificar quais.
"A presença de vivos cada vez maior perto dos mortos deve ter acirrado  antigos debates e feito surgir novos, pois em ofício de 18/08/1858, a Câmara Municipal alegou que recebeu uma 
informação de que havia 4.000$ destinados à construção de um cemitério, por conta das necessidades públicas." [...] Porém a década de 1860 passou em branco, até que em 5 de agosto de 1870, o pároco de Jacareí, José Bento de Andrade, pediu permissão para benzer o cemitério municipal de Jacarehy, da região do Aterrado do mesmo nome."  (Ana Luiza do Patrocínio) 


*
Dados retirados do livro Jacareí: Quotidiano & Sociedade, de 1840 a 1870, de Ana Luiza do Patrocínio, Editora Scortecci, 2012.