domingo, 15 de dezembro de 2013


Jacareí: Tempo e Memória - Noite de Lançamento

Museu de Antropologia na noite mágica de 11/12/13


Pessoas queridas!
Escrevo , hoje, ainda sob o impacto das emoções que me tomaram na noite mágica do lançamento de meu livro: Jacareí: Tempo e Memória.
O átrio de nosso Museu de Antropologia tornou-se pequeno para a quantidade de amigos que compareceram, interessados em ter seu exemplar. Foram distribuídos, nesta noite, oito caixas contendo 48 volumes em cada uma.
Para mim, que aguardei ansiosamente por este evento, escrevendo o livro, depois aguardando todo o processo que antecedeu a sua publicação, foi um fechamento com chave de ouro. Assim, foi uma noite de agradecimentos a todos, por tudo!
Publico para vocês, as fotos que os amigos me enviaram, materializando todas as emoções.
Agora, vou me permitir um breve descanso para curtir minha família neste Natal e Ano Novo, e, em 2014 volto a publicar no blog trechos do livro e fotos inéditas, que nele não couberam.
Aos que não conseguiram um exemplar, peço desculpas.
Livros estarão à disposição dos leitores na Biblioteca Pública de nossa cidade e da região, e também serão encaminhados para as bibliotecas das escolas e das universidades.
Um abraço carinhoso a cada um de vocês que acreditou no meu trabalho e que me presenteou nesta noite tão linda, com o calor de sua amizade e de seu carinho. A todos vocês, a minha eterna gratidão! Feliz Natal!
Ludmila

Lendo meu discurso de agradecimento, ladeada pelos amigos queridos: Sônia Ferraz, Presidente da Fundação Cultural de Jacarehy e Alberto Capucci, Diretor do MAV Museu de Antropologia do Vale do Paraiba

Minha amiga e revisora, a escritora Dyrce Araújo, lendo a carta enviada pela Prof. PHd Elaine Rocha
O átrio do Museu de Antropologia tomado por amigos

Outro ângulo com mais amigos

Autografando o livro
A emoção diante da presença de Ocílio Ferraz, que veio do fundo do Vale me trazer seu abraço
Para cada amigo, uma dedicatória especial. Vocês me deixaram muito feliz nesta noite de festa e de reencontros
Com Jussara Gehrke, neta de nossa querida Vó Nicota, dona da receita mais famosa do vale, dos nossos deliciosos bolinhos caipiras, hoje, Patrimônio Imaterial de Jacareí
Os queridos amigos Eliana Fonsi, Eloisa Nascimento e Thom Woods, oficial administrativo da Sutaco: Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades, que veio de São Paulo me trazer seu abraço  
Meu amigo desde que participou de meu último curso de folclore, "Seu" Carlos Leite Soares

Os amigos Dr. Celso Abrahão e sua esposa Valéria Oliveira
Obrigada por aguardar pacientemente na fila, meu querido Dr. Izaías Santana.

Dannyel Leite, Fernando Romero Prado, Renata Sanchez Baptista, Nanci Prado e Andrea Capucci
Minhas queridas escritoras Sônia Gabriel e Zenilda Lua, tomando a fresca no jardim do MAV
A Familia Leitão, encenada pelos amigos queridos: Marilda Carvalho, Mara Lucia Esteves e Guto Pellogia, recepcionou os convidados. Vocês estavam maravilhosos! Obrigada!
Obrigada, amigos pela paciência de aguardar pela minha dedicatória. Alguns enfrentaram estoicamente duas horas de fila!
Minha eterna editora do Diário de Jacareí, Eloisa Nascimento, autora do prefácio
O abraço carinhoso de Roseny Cambusano, filha de Roberto Cambusano, nosso pracinha querido da Segunda Guerra Mundial

As valsinhas e modinhas que enfeitaram a noite ficaram por conta das queridas Marly Ferreira e Raquel Bigareli (foto)
Abraço da querida atriz Bernadette Siqueira
Uma pose com minha filha número 1: Marcia Saharovsky Muxagata, a primeira jacareiense da família

Uma das lindas mesas preparadas para o coquetel, por Olga Mesquita e Célia Rizzo. As comidinhas estavam deliciosas...


Jacareí : Tempo e Memória - Carta de Elaine Rocha


 A cidade ganha, com a publicação do trabalho de Ludmila Saharovsky, Jacareí :Tempo e Memória, os registros de algo maior do que a história local, que é esta junção de memórias pessoais e fatos históricos, instigados pela fotografia.
Este livro, que acompanho aos poucos, de longe, através do blog – outro feito brilhante e generoso da autora, que repartiu a pesquisa com seus leitores sem o ciúme e a avidez da maioria dos autores – é uma composição histórica.
Só quem já se dedicou à pesquisa histórica sabe como é um trabalho exaustivo e arrastado, só que já se aventurou a escrever pode apreciar o ofício apurado da busca das palavras exatas para exprimir o pensamento.  Ludmila tem trabalhado incessantemente, e hoje presenteia Jacareí com uma história narrativa, a mais antiga forma de transmissão do passado, já presente no que chamamos “proto-história”, e que precede todas as tentativas de delimitar, conformar  e enquadrar a ciência histórica de acordo com padrões filosóficos de diversas naturezas.
Nas mãos de Ludmila, a narrativa histórica se torna uma composição, no sentido mesmo da composição musical, na qual diferentes elementos e instrumentos se unem para dar forma e ritmo à obra que transmite uma mensagem.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013


Fiat Lux!

Cia de Força e Luz de Jacarehy

1895 - Surge em Jacareí a luz elétrica!

Corria o ano de 1884 e Jacareí era, então, uma cidade próspera e atuante. A riqueza trazida pelo cultivo e venda do café logo se fez sentir na arquitetura, na ostentação de títulos de nobreza e no aumento do número de escravos.Os ricos fazendeiros, para demonstrar seu poder começaram a construir casas assobradadas, com muitas janelas e até palacetes que se destacavam na fisionomia urbana. Logo tornou-se necessária a criação de um Código de Posturas a fim de traçar diretrizes que disciplinassem a vida na cidade.
“O Código, publicado em 18 de junho de 1884, no seu capítulo VIII, tratava da iluminação pública e dizia:
Artigo 110 – A cidade será iluminada todas as noites escuras por 100 lampiões, postados e distribuídos em lugares e em conveniente distância que projete luzdentro do espaço que mediar de um para outro. Esta iluminação será feita aquerosene, começando ao fechar da noite até as 4 horas da manhã seguinte.
Artigo 111 – O encargo de iluminação será feito por arrematação ou arremate, ou sob imediato cargo da Câmara por um agente ou preposto seu.
 Parágrafo 1: Sendo feito por arrematante, será preferido aquele que mais barato fizer, as melhores vantagens oferecer, e a estes incumbe:
1. A trazer sempre limpos e asseados os lampiões
2. A substituir a sua custa os lampiões, vidros e lamparinas quebrados ou estragados por outros novos.
3. A servir a iluminação com querosene de 1ª. Qualidade e não falhar em tempo algum com a iluminação nas noites que a isso for obrigado a fazê-la,
4. Finalmente a ter constantemente um vigilante para acender os lampiões quando se apagarem por qualquer incidente. O arrematante que não cumprir estas disposições será punido com 30$000 de multa cada vez que for encontrado em omissão.

domingo, 8 de dezembro de 2013


No tempo das diligências II

Construção da Estrada de ferro Santos Jundiaí
 1876 -   Jacareí recebe a Estação Ferroviária

A ligação por Estrada de Ferro entre os estados do Rio e de São Paulo foi feita por duas empresas. A Estrada de Ferro Dom Pedro II, cujas obras começaram em maio de 1855, com dinheiro do Tesouro Imperial, e que foi oficialmente inaugurada em 8 de julho de 1877, com uma comitiva de personalidades ilustres liderada pelo Conde D’Eu e pelo conselheiro Homem de Mello, e que terminava em Cachoeira Paulista.  E a Estrada de Ferro do Norte, fundada por capitalistas e fazendeiros paulistas em 1869. Ela teve, no Vale do Paraíba, como um dos principais articuladores e acionistas, o Coronel João da Costa Gomes Leitão, de Jacareí.
A construção da Estação Ferroviária de Jacareí iniciou-se em 1875. Sua inauguração oficial, em Jacareí, foi em 2 de julho de 1876 e a linha férrea, de bitola estreita, até a Capital, em 3 de julho do mesmo ano. Em 1877, a Estrada de Ferro do Norte alcança a ponta da D. Pedro II ficando, no entanto, as duas ferrovias separadas pelo Rio Paraíba. A junção era feita por balsa. Após a Proclamação da República em 1889 as duas estradas de ferro foram unificadas, formando a Central do Brasil., bem como ligadas por uma ponte que foi construída sobre o Rio Paraíba.
Na época, a maior riqueza deste Vale era o café, conhecido como o nosso ouro verde. A necessidade da construção de uma ferrovia para escoar com maior rapidez toda a produção cafeeira do Vale do Paraíba era premente. Os meios de transporte à época eram rudimentares. As estradas, em sua maioria, de terra, além de não oferecerem nenhuma segurança e nem conforto permitiam um trânsito extremamente lento. Com o advento das Estradas de Ferro, elas passaram a ser utilizadas como meio de transporte, inclusive, pela Família Real, em suas viagens de lazer, de compromissos sociais e políticos. Em 11 de setembro de 1878, passaram por Jacareí, em comboio especial, com destino a São Paulo, Sua Majestade D. Pedro II e sua esposa D. Tereza Cristina, acompanhados por grande comitiva. Muita alegria e grandes festas saudaram na região a chegada da primeira locomotiva. Em Pindamonhangaba, as comemorações culminaram com majestoso baile no palacete do Barão de Palmeira. Em Lorena, o trem foi recebido com banda de música, coretos enfeitados, meninas lançando flores desfolhadas à sua passagem. Em Jacareí, a maioria dos habitantes postou-se no Pátio da Estação e a chegada da locomotiva também foi saudada com muitos discursos, vivas, banda de música, aplausos e festejos que adentraram pela noite. O trem de ferro foi ainda motivo para outorga de títulos aos fazendeiros mais generosos em suas contribuições financeiras, para que a estrada se transformasse em realidade e trouxesse o progresso que rapidamente espalhou-se por toda a região. Em volta da Estação Ferroviária das várias cidades do Vale, e também em Jacareí, estabeleceram-se inúmeros pontos comerciais.

No tempo das diligências!



Inauguração do Tunel da Mantiqueira, com a presença da Familia Real

 1855-  Início da Construção da Companhia de Estrada de Ferro D. Pedro II
Segundo nos relata David, E.G. no texto "A ferrovia e sua história: Estrada de Ferro Central do Brasil"  o Vale do Paraíba prosperava  rapidamente graças à cultura do café, enriquecendo sobremaneira a região e os ricos fazendeiros que se tornaram barões.
 “Em vinte anos, a produção subira de meio milhão para cerca de três milhões de arrobas de café. Queluz, São José do Barreiro, Bananal, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, e até Cunha e São Luís do Paraitinga encravados em plena Serra do Mar, cresciam em população e ficavam cada vez mais ricos.” (David E.G)
A riqueza era tão grande que vários desses barões chamavam professores europeus para ensinar seus filhos. Jacareí também era grande produtora de café e, juntamente com Pindamonhangaba, figurava entre os municípios mais ricos de São Paulo.
Era tempo de muitos escravos e opulência. Essa produção toda escoava em parte muito pequena, pelo Rio Paraíba, mas o maior movimento ia em direção ao Atlântico, descendo a encosta da serra no lombo das mulas.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013


A primeira ponte sobre o Rio Paraíba

“A ligação por ponte das duas margens do rio efetivou-se com a construção de uma obra contratada pelo Presidente da Província com o Sr. Marcelino Gerard e a ela faz alusão os anais da Assembleia de 1854-1855. Desse mesmo período é o discurso do Presidente da Província que assim relatava em prestação de contas à Assembleia, suas realizações, mencionando em certo trecho: ‘foi contratada com Marcelino Gerard a nova ponte com cabeceira e pilares de pedra sobre o rio Parahyba, na cidade de Jacarehy, por 70:000$000 tendo começado a obra logo que o rio baixar”. ( Annaes da Assembleia  Provincial de São Paulo 1855-1858, apud Lencioni, B.S.)