domingo, 4 de maio de 2014


Memórias dos pracinhas de Jacareí na Itália: Roberto Cambusano


Ex combatente da FEB  Roberto Cambusano
Nasceu em 25/04/1920 na cidade de Itu-SP. Veio morar em Jacareí-SP com um ano de idade. Foi para a guerra com mais 130 a 160 companheiros que residiam em Jacareí, em 1944, depois de um período de treinamento em Caçapava e Rio de Janeiro. Foi uma viagem de navio que durou cerca de 10 dias sem ninguém saber o destino até que desembarcaram em Nápoles, na Itália. Ele lembra que o povo italiano foi muito receptivo aos brasileiros. Lá foi um período duro de treinamento e longas caminhadas rumo ao inimigo. Ele estava num grupo de retaguarda e embora não tenha tido confronto direto, todo dia era a expectativa que mais os atormentava. Muitas vezes, nas marchas, granadas chegaram a explodir muito próximos a eles. Certa vez um  companheiro,de cujo nome não se recorda e que montava guarda à noite, foi atingido por um disparo do inimigo e faleceu no local.

Roberto Cambusano em Bologna, Itália junto a uma Estação Ferroviária destruídapor bombardeio inimigo
 Lembra-se bem do dia em que foram escalados para o ataque na batalha do Monte Castelo. Quando já estavam todos a poucos metros do inimigo, os alemães levantaram a bandeira branca em sinal de rendição. Foi uma euforia e os alemães se entregaram aos brasileiros, também felizes pelo final da guerra.
Roberto retornou são e salvo para Jacareí. Casou e teve um casal de filhos. Hoje (2013) com 92 anos, vive feliz ao lado da esposa e família. O governo brasileiro, na década de 80, destinou a ele e seus companheiros uma merecida aposentadoria equivalente ao salário de 2º tenente. (informações prestadas pelo seu genro Nadi Almeida e Silva)
Roberto Cambusano na Itália
Soldados expedicionários em Caçapava comemorando a vitória na II Guerra Mundial




Agradeço aos familiares de Roberto Cambusano pelas fotos cedidas para este Blog.
Honra e Glória aos valorosos pracinhas brasileiros!

Um comentário:

  1. Este é um post que tem mesmo estar recheado de fotografias.
    Não sei se o pior é a expectativa (especialmente se a espera não é garantia de vida) ou a batalha - há de se pensar no assunto.

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