Colher, no pé, pitangas bem vermelhas.
Lavá-las bem, deixar escorrer numa peneira fina, e depois, ainda sobre uma toalha de cozinha para secarem bem. Colocar, em seguida num recipiente de vidro e cobri-las com álcool de cereais. Deixar macerando durante uns 15 dias. Passado esse tempo, coar o liquido num pano, sem apertar para não ferir a delicada polpa com as sementes, o que deixará o licor amargo. À parte, fazer um xarope, em ponto de fio, com açúcar e água e deixar esfriar . Depois de frio acrescentar ao líquido que estava em maceração. Mexer bem com uma colher de pau e colocar num garrafão. Deixar envelhecer durante mais ou menos uns 3 meses, chacoalhando o garrafão uma vez por dia. Quanto mais velho, mais saboroso fica.
A proporção é a seguinte: Para 1 litro de suco de pitanga macerado, usar 1litro de álcool de cereais, ou aguardente de boa qualidade, 1 kg de açúcar e meio litro de água.
Vendo o pai fazer esse licor, lembrei-me de quem também fazia um licor de pitanga que virou história:Gilberto Freire
Na Folha Ilustríssima, do Jornal Folha de São Paulo de 7/11/10, Edson Nery da Fonseca escreveu:
“ Gilberto Freire seduzia-nos também pela cordialidade com que nos recebia em sua casa de Apipucos, no Recife, oferecendo o conhaque de pitanga por ele mesmo artesanalmente fabricado e do qual só revelava três ingredientes, esclarecendo que os outros eram "segredos quase maçônicos": "suco de pitangas colhidas em nosso sítio, cachaça de cabeça fornecida por boas engenhocas das redondezas e licor de violetas fabricado por freiras virgens e místicas".
Bem, infelizmente, eu não tive a oportunidade de provar esse fantástico conhaque de pitanga de Freire, e nem meu pai teve acesso ao licor de violetas de freiras virgens e místicas, mas, que o licor d e pitanga do seu Vlady era muito bom, eu garanto que era! Experimentem fazer!