domingo, 1 de setembro de 2013


1717 - Vila de Jacareí pela descrição do Conde de Assumar


Rugendas: Rio Parahyba
Pouquíssimas notícias nos chegaram sobre a pequena vila fundada à margem direita do Rio Paraíba. Alguns cronistas que por aqui passaram não a descreveram de forma muito lisonjeira:
Nos escritos do Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida Portugal, governador da Capitania de São Paulo e Minas, que chegou à vila de Jacareí na tarde de 2 de outubro de 1717, lemos:
“Saiu sua Excia. acompanhado somente do Capitão-mor da vila de Mogi, e caminhando cinco léguas sempre em cadeirinha por bem ruim caminho; porque passaram-se sete montes (a que chamam morros) ditos os Sete Pecados Mortais, chegou a uma aldeia de índios de El Rei administrados por uma pessoa com provimento dos Governadores com a invocação de Nossa Senhora da Escada, adonde estava o vigário da vila de Jacareí esperando por sua Excia., que depois do jantar se embarcou pelo Rio Paraíba com o vigário ficando os cavalos para ir por terra quatro léguas, que tanto distava da vila. As cinco horas chegaria sua Excia. E logo veio buscar a Câmara a borda d’água fazendo-se-lhe as mesmas continências que os da vila de Mogi.
Foi sua Excia. Padrinho de uns noivos viúvos ambos, e ele de idade de sessenta anos, e o vigário disse que pouco antes se tinha recebido outro de idade de setenta e seis anos com uma rapariga de quatorze. O resto do dia se passou a prover ofícios; e em confirmar algumas Patentes, João Ferreira
partiu para a vila de Taubaté. Esta de Jacareí é bem miserável; porque além de ter poucas casas, quase todas são de palha, e o vigário, que se chama Carlos Monteiro foi muito tempo Padre da Companhia de Lisboa...
(Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional apud Lencioni, C. 1991, pág.11)

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