sexta-feira, 27 de setembro de 2013


Hábitos alimentares dos primeiros colonizadores

Mapa Brasil Colônia
Nos séculos 16 e 17 - ao contrário das Capitanias que foram fundadas do litoral nordestino, onde o cultivo da cana de açúcar prosperou e produziu riquezas, São Paulo de Piratininga e as vilas adjacentes eram muito pobres, forçando os colonizadores a criar alternativas de nutrição com o que havia disponível. Assim, muitos dos hábitos alimentares indígenas foram sendo copiados pelos portugueses e pelos primeiros paulistas que aqui nasceram. Seu cardápio diário era constituído por carne de caça, peixes, legumes, raízes, pinhão, frutas nativas e milho, muito milho, que se transformou na base para muitos pratos que continuam sendo consumidos até hoje: canjica, curau, pamonha e farinha de milho. Este era tão utilizado, que o historiador Sérgio Buarque de Holanda chegou a chamar São Paulo de “civilização do milho”.
O tempo foi passando e, através do comércio estabelecido com o além-mar, os primeiros colonizadores foram introduzindo as carnes de animais domesticados (os bovinos e as aves) e os usos do açúcar (rapadura, a cachaça, etc.) à sua mesa, enquanto os escravos africanos apresentavam-lhes as pimentas, o dendê e o leite de coco.
Já em nosso litoral, desenvolveu-se outro ramo culinário, com a alimentação baseada na pesca e preparo do peixe, que havia em profusão: a cozinha caiçara.

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